segunda-feira, 21 de maio de 2018

Essa tal de Medicina (cordel)


Hoje vou falar certeiro
Para todos do meu dote
Inspiração não me falta
Pego a rima no rebote
Faço verso e arrepio
E a Medicina é meu mote.

É um sonho acalentado
Por muitos desde criança
Para mim passou assim
Trago vivo na lembrança
Que passar em medicina
Era a minha esperança

Acordava bem cedinho
Antes do galo cantar
Pegava os livros ligeiro
Pra nada me atrapalhar
Estudava o dia inteiro
De noite ia descansar.

Passeio de trenzinho pelo campus








quarta-feira, 16 de maio de 2018

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Discurso do Professor Emérito Dr. Elias Boutala Salomão

Descerramento da placa de inauguração do
bloco didático Ronaldo Ribeiro. Nossa diretora
da FAMED UFC, Valéria Goes e o Prof.
Emérito Dr. Elias Boutala Salomão.
Discurso do Professor Emérito Dr. Elias Boutala Salomão por ocasião da inauguração do prédio didático Prof. Ronaldo Ribeiro durante os festejos de 70 anos da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará.

Meus amigos, Os nossos corações estão em festa. Hoje é um dia de júbilo. São 70 anos que esta árvore foi plantada e regada por mãos abençoadas que fizeram suas raízes t]ão fortes e profundas que sua estrutura jamais será abalada.

Foi uma tarefa difícil. Naquele tempo os homens que idealizaram este empreendimento eram jovens, com media de idade entre 30 e 35 anos. Em todas as oportunidades se faz necessário citar os seus nomes. São eles os nossos heróis, pois fundar uma Faculdade de Medicina, num Estado pobre e, porque não dizer miserável à época, foi uma tarefa que necessitou de coragem e destemor.

É um dever de gratidão.

Aos professores Jurandyr Picanço, José Carlos Ribeiro, Waldemar de Alcântara, Walter Cantídio e Newton Gonçalves, nossa reverência.

Como já disse, esta árvore cresceu e nos fornece bons frutos. Os frutos desta árvore fomos nós no passado e, hoje, são vocês que terão a tarefa difícil de nos dias atuais que o nosso País atravessa garantirem o seu brilho com um crescimento cada vez maior.

Dois brotos foram dela retirados e plantados em outro local: Sobral e Barbalha. Lá encontraram solo fértil e bons frutos já estão sendo colhidos.

Para chegar onde estamos, enfrentamos crises fortes, que foram superadas pela força hercúlea que adquirimos para defende-la.

Tudo começou em um velho casarão localizado na Praça José de Alencar. Ali permanecemos de 1948 até julho de 1957, quando nos transferimos para Porangabuçu.

Os hoje ex alunos e ex professores, acompanharam de perto o colocar de tijolo a tijolo do crescimento desta casa.

Dentro das nossas limitações, médicos, professores e funcionários, temos certeza: cumprimos nossa missão.

Aos 82 anos e 56 de formado, aqui estou atendendo um chamamento da Dra. Valéria, nossa ex-aluna e hoje diretora, que nos incumbiu de, em nome dos aposentados, lhes trazer uma mensagem.

Já não tenho coronárias para tudo isto. O fulgor de outrora ainda existe. Meu coração ainda pulsa com vigor, meu cérebro ainda funciona com toda capacidade criativa.

Não transferi para o meu cérebro o meu coração, as rugas que se desenham em minha face.

Velhice é estado de espírito. Na verdade, estou gasto pelo tempo – mas ainda aceitamos desafios.

Represento neste momento os muitos que por aqui passaram e muitos devem estar presentes neste momento grandioso. Outros, de alguma maneira, mesmo á distância, devem lembrar a época de ouro de suas vidas – a vida acadêmica. Muitos já partiram para a casa do Pai e certamente com os anjos tocam trombetas comemorando nossas vitórias.

Nossas saudades e reverência a suas memórias.

Senhores estudantes,

Queremos para finalizar, lhes deixar uma mensagem: O caminho que vocês estão trilhando é árduo. Não existirão só rosas; mas também espinhos. Sempre procurem seguir seus caminhos pelas estradas retas. Se existirem atalhos para vocês atingirem alguns objetivos, não usem. Mesmo que a reta seja penosa e longa, sigam por ela, pois isto lhes dará forças, coragem e determinação, para que com autoridade façam com que a Medicina e os Médicos deste País tenham melhores dias.

Mesa de abertura solene dos festejos dos 70 anos da Faculdade de Medicina da UFC

Mesa de abertura solene dos festejos dos 70 anos da
Faculdade de Medicina da UFC. A presidente da Comissão
do memorial, Profª Silvia Bomfim Hyppolito comenta sobre
a programação e patrocinadores.


A fala do Magnífico Reitor Prof. Dr. Henry de
Holanda Campos baseou-se em dois pilares:
saudade e lembranças.
A Profª Drª Valéria Goes faz seu discurso.


Os filhos dos cincos fundadores receberam comendas de
agradecimento.

Eles foram: José Carlos Ribeiro, Newton Gonçalves, Walter
Cantídio, Jurandyr Picanço e Waldemar de Alcântara.

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Juramento de Hipócrates

Olhando nos arquivos, descobrimos que nos idos de 1984, publicamos um artigo sobre o Juramento de Hipócrates, que até então, mesmo de forma resumida, vinha sendo utilizado por ocasião da cerimônia de graduação das turmas de Medicina da Universidade Federal do Ceará. Já aquela época, notávamos que alguns conceitos utilizados pelo famoso médico da antiga Grécia, estavam sendo influenciados por novos costumes. Por esta razão, no artigo fizemos o comentário dos diversos tópicos em que se divide o famoso juramento:

1 – Omissão de socorro

2 – Ética médica

3 – Exercício legal e ilegal da Medicina

4 - Tratamento arbitrário

5 – Eutanásia

6 – Aborto legal e criminoso

7 – Liberalismo profissional

8 – Responsabilidade médica

9 – Segredo Médico

Vejam o artigo:

O ASPECTO MÉDICO LEGAL DO JURAMENTO DE HIPÓCRATES

Artigo publicado na Revista Fêmina de outubro de 1984 por Silvia Bomfim Hyppólito

“ Eu juro por Apolo, médico e Esculápio e Higédia e Panacéia e todos os deuses e deusas, que de acordo com a minha habilidade e julgamento cumprirei este juramento e estes compromissos: respeitar quem me ensinou esta arte como se fora meu pai, repartir com ele meus bens, suavizar suas necessidades se for necessário, olhar para seus filhos como se fossem meus irmãos, ensinar-lhes esta arte se quiserem aprendê-la, sem retribuição nem condição de espécie alguma, e pelo preceito, leitura e qualquer outro modo de instrução, darei conhecimento da arte a meus próprios filhos e aos meus mestres e a discípulos ligados por compromisso e juramento, conforme a lei da medicina, mas a ninguém mais, seguirei aqueles regimes que de acordo com a minha habilidade e julgamento considerar benéficos aos meus doentes e abster-me-ei de tudo que for nocivo e deletérico. Não darei venenos mortais a ninguém, mesmo que seja instado, nem darei a ninguém tal conselho e do mesmo modo, não darei às mulheres pessário para provocar aborto.

Viverei e praticarei minha arte com pureza e santidade. Não operarei os que sofrem de pedra, mas deixarei que isto seja feito por homens que são práticos nesse ofício.

Qualquer que seja a casa em que penetre, lá irei em benefício dos doentes e abster-me-ei de qualquer ato voluntário de maldade ou corrupção, e ainda de sedução de mulheres e homens, de libertos e escravos. Tudo aquilo que tenha ou não relação com a prática da minha profissão, ver ou ouvir da vida dos homens que não deva ser divulgado, não divulgarei , respeitando tudo aquilo que deva ficar secreto. Enquanto conservar sem violação este juramento, que me seja concedido gozar a vida e a prática da arte, respeitado por todos os homens, em todos os tempos. Que outro seja o meu destino se transgredir ou violar este juramento”.

domingo, 6 de maio de 2018

Poemas por Virna Teixeira


Fui aluna da Faculdade de Medicina da UFC e me formei em 1994.2. Atualmente vivo e trabalho em Londres. Em paralelo a minha atividade médica tenho me dedicado a poesia há muitos anos. Sou poeta, tradutora e tenho uma editora em Londres que publica poesia brasileira, a Carnaval Press. Por conta deste interesse, terminei por fazer um mestrado em Humanidades Médicas.  

Participei da área cultural no C.A. XIII de maio e na organização cultural do ECEM. Um colega resgatou três poemas meus publicados no jornal O Anticorpo, creio que em 1993. São poemas que nunca publiquei em livro, mas de valor histórico para mim. Seguem em anexo. (...)

Atenciosamente, 
Virna Teixeira